O ESCAFANDRO E A BORBOLETA, chega só agora aos cinemas brasileiros e trás a visão desigual do diretor nova iorquino Julian Schnabel! 
O filme é a versão do livro homônimo de Jean Dominique Bauby relatando sobre sua vida após contrair a síndrome de locked in em que fica paralisado e só consegue se comunicar pelos olhos.
A diferença deste filme está na linguagem, em que você acompanha pelos olhos de Jean Dominique. O diretor vai te levando de uma forma desigual mostrando toda a recuperação do personagem, a câmera desfocada são os olhos de quem saiu de um coma que não consegue entender muito bem o que se vê, barulhos perdidos cheios de vozes ao fundo usando um canal só ou mixado, o barulho do vento, as imagens paradas sem movimentos como se não pudesse se mexer como ele, ao mesmo tempo mostra os pensamentos e os sentimentos com a atual situação em que só pode ser comunicar piscando o olho esquerdo.
Você vive o personagem, sentindo toda a angústia sofrida por ele que antes da doença era um famoso editor de uma revista conceituada, e que se vê preso, sozinho (as vezes) numa cama de hospital, isso com uma riqueza de técnica que poucos cineastas apresentam.
É um drama, que vale a pena ser visto pela forma que foi construído e por sua qualidade, realmente você se sente dentro de um escafandro (roupa usada antigamente por mergulhadores, feita de chumbo em que afundava e mal podia se mexer) e imagina se consegueria passar pelo mesmo.
O filme estréia está semana aqui no Brasil, mas jé conhecido quase no mundo inteiro sendo premiado ao globo de ouro deste ano e aclamado em cannes no ano passado, sem contar que foi sem dúvida um dos queridinhos no Oscar 2008.IMAGENS: EUROPA FILMES.
Holly Kennedy 
